É possível imaginar que algumas manhãs
de inverno são um presente que a natureza concede para as peles que sabem
degustar do contato com a realidade. Algumas peles são insensíveis à vida, ao mundo
total. Elas não caminham com o vento. Outras são um festival; uma salada de tatos.
São inquietas, cheias de meninices e astúcias.
Acho que nos moldes celestiais deve haver a categoria daqueles que têm a pele para as manhãs de inverno. Uma classe especial de seres comuns. Eles acordam, tomam café, trabalham, assistem TV e dormem com alguma dificuldade. Alguns acreditam em Deus, outros não.
São esses que em segredo do vulgar e da plasticidade das horas, deleitam-se nas carícias do sol. O solzinho sereno das manhãs de inverno. Sentir o passar da brisa nem parece ser tão clichê assim; soa mais como um ato de redenção. Simplesmente as coisas começam a se comportar como se fizessem parte de um ideal que funciona.
E por um segundo o mundo é terno, não dá medo, não mata. É um lugar lúcido em que sim é sim e não é não.
Acho que nos moldes celestiais deve haver a categoria daqueles que têm a pele para as manhãs de inverno. Uma classe especial de seres comuns. Eles acordam, tomam café, trabalham, assistem TV e dormem com alguma dificuldade. Alguns acreditam em Deus, outros não.
São esses que em segredo do vulgar e da plasticidade das horas, deleitam-se nas carícias do sol. O solzinho sereno das manhãs de inverno. Sentir o passar da brisa nem parece ser tão clichê assim; soa mais como um ato de redenção. Simplesmente as coisas começam a se comportar como se fizessem parte de um ideal que funciona.
E por um segundo o mundo é terno, não dá medo, não mata. É um lugar lúcido em que sim é sim e não é não.
Ai como quero que no paraíso os
invernos sejam longos e cheios de sóis mansinhos!