Não entendo como funciona a minha cabeça.
Os caminhos para o entendimento são sempre compridos e vertiginosos.
Eu entendo sem entender. Clichê.
Próximo ponto:
Quando vejo a alegria vital dos que são jovens, sendo eu jovem também,
me sobe ao coração um grande desejo de tomar parte com eles, mas essa alegria;
Juvenil, bonita, cheia de dentes e cabelos;
Parece que a mim foi vetada.
Na verdade, muitas vezes ela me cansa, mas não sinto cansaço genuíno;
É mais um sentimento de ego magoado, que na sua profundidade quer ser tão amável e
adorável quanto os que são felizes e assim parecem.
Suas vozes, seus gestos, sorrisos, trejeitos, lero-leros; são atraentes como o próprio mistério.
Não participo disso porque não tenho a forma que eles têm. Não participo.
Sou um ser silencioso e romântico que tudo perde porque nada quer.
O pensamento de como é Deus: luz e beleza.
A aventura de brisa na cara; o amor platônico por um homem que não sei.
Tudo isso é o que sou e nada disso chega a ser alguma coisa.
Talvez solidão e jeitinho de abandono; resignação ao caos; sei que tudo sei.
Que nunca me alcance também a loucura, somente ela corrompe o intocável em nós.
Escrevo para ser dama, desaguar o meu espírito e finalmente poder existir.
Que grande amor tenho por poder, mesmo que tristonha, viver!
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