em alguma
fresta escondida da realidade
num submundo
de mim
te encontro
sereno e desperto
revolvendo
os jardins da minha loucura
como se
esperasse pela borealidade que não vem
toda a coisa
que aí está é viva e é outra coisa que não eu
eu te digo e
repito como se não tivesse dito
toda a coisa
que aí está não sou eu
ignoras
porque teu
coração é feito de coragem
porque a tua
vontade é a tua vontade
porque tu és
uma parte que muito vê
o seu amor
ignora minha voz
que não é
minha
que quer te
arrancar dolorosamente deste lugar
porque o teu
doce olhar
diz que sou
eu
eu
que
belissimamente vivo
corro e
escapo de ti.
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